Evocação e Exposição:
Em Direção a Consciência Oceânica
"A artista multimídia e cineasta Carolee Schneemann caracterizou “evocação” como o lugar entre desejo e experiência, as interpenetrações e deslocamentos que ocorrem entre vários estímulos sensoriais. “A visão não é um fato, mas sim um agregado de sensações. A visão cria seus próprios esforços em direção a realização; esforço não cria a visão”
Assim, através da criação de um novo tipo de visão, o cinema sinestésico cria um novo tipo de consciência: a consciência oceânica. Freud falou da consciência oceânico como aquela em que nós sentimos nossa existência individual perdida em uma união mística com o universo. Nada poderia ser mais apropriado para a experiência contemporânea, quando pela primeira vez o homem tem deixado o limite deste planeta.
Scheneemann define “percepção” como o “olho-viagem”. É precisamente através de uma espécie de empatia-desenho que o conteúdo do cinema sinestésico é criado por uma iniciativa entre o filme e o espectador. A própria natureza da evocação exige esforço criativo por parte do espectador Em uma narratia, uma história está sendo contada; na sinestesia evocativa uma experiência, uma sensação, está sendo criada. A figura de Stan Brakhge em Dog Star Man se move através de um ambiente psíquico criado pelo espectador, cujos seus recursos criativos e desejos mais profundos e escondidos são evocados pelo filme.
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